terça-feira, 8 de dezembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
VW Voyage 1.6 s
Para voces intenderem o pouco dessa matéria um breve resumo desse sedã que conquistou o brasil na época do seu lançamento e até hoje continua conquistando
varios fãns no brasil e pra fora também.
O Voyage foi lançado no final de 1981 com motor refrigerado a água de 1,5 litros e câmbio de 4 marchas, podendo ser encontrado nas versões a gasolina ou a álcool. As versões de acabamento se chamavam "S" = super, "LS"= luxo super e "GLS" = gran luxo super. Em 1982 foi eleito "O Carro do Ano" e começou a ser exportado para países da América do Sul com o nome de Gacel, Amazon e futuramente Senda (versão para a Argentina, com motor 1,9 litros a diesel). Em 1983 o Voyage álcool passou a utilizar o motor MD 270 de 1,6 litros (o mesmo do Passat TS). Podiam ser identificados pelo emblema "1.6" na grade do radiador. Esse motor era, até então, o mais potente (81cv) que a Volkswagen brasileira produzia. Ainda em 1983 foi lançada a primeira série especial: o Voyage Plus (com faróis de neblina, pára-choques na cor do carro e calotas especiais) e também o Voyage Sedan (4 portas), na época com baixíssima aceitação, pois os brasileiros não gostavam de carros 4 portas (o inverso do que acontece hoje, onde a maioria prefere a comodidade ao design esportivo de um cupê).
Mais o voyage que estou me referindo é um belo exemplar 1983 do jovem
Leandro mais conhecido como Magrão de Blumenal/SC,que anda no estilo clássico de
carro forte
Por fora tudo original,ou quase,ao olhar o jogo de rodas nos deparamos com as rodas
pingo d'agua herdada de um gol GTi,além da Suspensão trabalhada (Fixa) Molas esportivas, Torres e amortecedores Trabalhado.
Agora vem o ponto forte do carro "o" motor,um AP 1.6 aspro que roda forte ele conta com um Miniprogressivo Retrabalhado, Filtro Esportivo,Filtro anti Chamas esportivo, Cabos de Vela ACCEL 8.8mm, Velas NGK Racing Competition, parafusos em T tampa de valvulas, Comando 049G, Volante Aliviado, Embreagem 2.0, Cambio 5marchas do Gol GTS, Escapamento Dimencionado 4X1,ou seja um motor preparado que serve para o dia-dia gastanto um pouco é claro mais com uma pegada forte que impõe respeito em muito carro do ano.
No interior,o painel no estilo clássico com um ar limpo,volante do gol CL,mantendo o padrão e a originalidade,conta também com manômetros cronomac que indicam a pressão do oléo e do combustivel.
Quem da conta do som é um pioneer mp3 que é conectado a um módulo Power One que libera a potência para um Sub bravox UXP de 12'polegadas instalado numa caixa selada no porta malas,e um par de 6x9 conta tambem com um Voltimetro Digital que deixa bem atento sobre a carga da bateria de 70 ampéres.
Segundo o proprietário, os próximos passos são:Jogo de Rodas orbital 15'(Gominho)
Conta giros Monster para monitorar o funcionamento do “coração” naquelas esticadas de leve e um Corte de Giro ODG.
sábado, 12 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
ALTA PERFORMANCE ?
O lançamento do Passat no Brasil em setembro de 1974, quase simultaneamente com a Europa, refletia o bom momento de que desfrutava a indústria automobilística nacional e também a necessidade da VW de renovar sua linha. Entretanto, em 1973 a primeira crise do petróleo pôs fim ao “milagre” e a economia entrou em crise. A importação de automóveis foi proibida em 1976 e o nosso mercado, que acabara de arranhar uma tentativa de equilíbrio com a Europa através dos então modernos e atuais Chevette e Passat, entrou em estagnação. A Alemanha nada tinha a ver com isso, e num mercado europeu muito competitivo a VW precisava continuar evoluindo seus propulsores e também lançando outros, como o cinco cilindros 2.2, (que era em essência, um AP 1.8 com um cilindro a mais) e o VR6. No primeiro mundo, não fazia mais sentido para um preparador investir pesado nos 4 cilindros quando haviam outras opções disponíveis, sendo que elas eram maiores, mais potentes e conseqüentemente mais interessantes.
As competições
Outro fator decisivo para o atual estágio de desenvolvimento desses motores, foram as competições. Uma das maiores virtudes do Passat, comparado à maioria dos carros da época, era sua estabilidade. Desse modo, não tardou a aparecerem equipes dispostas a utilizá-lo como carro de corrida, o que fez com que os motores AP começassem a ter desenvolvimento nacional para alta performance de verdade. Os AP constituíam duro desafio à concorrência e em provas de longa duração e os Passat chegaram a incomodar até oponentes de maior porte como Opalas e Mavericks, que tinham mais que o dobro (ou triplo!!!) da cilindrada. Um rápido mergulho na história das competições automobilísticas no Brasil revela fatos muito interessantes para quem se interessa por técnica e preparação de propulsores Volkswagen
Na metade da década de 70 já surgiam motores aspirados de cerca de 160 cv, capazes de girar 8000 rpm e de ultrapassar os 200 km/h. Além disso, as corridas de longa duração e o rali, obrigaram os preparadores a criarem motores não só potentes, mas também duráveis. O campeonato brasileiro de Marcas e Pilotos também fez com que surgissem algumas preparações diferentes, como um motor 1.3 criado pela engenharia da VW, por força de regulamento, que consistia em um 1,6 reduzido por meio de virabrequim de curso bastante curto: passou de 80 para 65,4 mm. Com cabeçote AP, gerava 130 cv e era capaz de girar mais de 8000 RPM. Também por contingências dos regulamentos da FIA para o Marcas, surgiu um motor 1,14-litro turbo sem intercooler, que beirava os 135 cv; quando o regulamento passou à admitir motor 1,6 e turbocompressor, tornaram-se comuns potências da ordem de 250 cv.
Esses são apenas alguns poucos exemplos das soluções encontradas, que geraram um enorme desenvolvimento na preparação dos motores VW. Esse conhecimento, muitas vezes financiado pela fábrica e adquirido em uma época em que o automobilismo nacional passava por um período bastante movimentado, acabou sendo repassado para a arrancada, que na época ainda não era nem de longe forte como hoje em dia.
Alta Performance
Em se tratando de alta performance, alguns motores tem mais potencial que outros. Para entendermos um pouco sobre como isso funciona, precisamos examinar os fundamentos básicos dos motores de alto desempenho: Basicamente, para arrancar forte, o carro precisa de muito torque, e para seguir acelerando em igual ritmo, ele precisa de muita potência. Quanto mais “plano” o torque, e mais alta a potência, melhor. Infelizmente é muito difícil aliar torque plano e grande potência em pequenos motores de quatro cilindros.
Em qualquer tipo de preparação, precisamos optar entre privilegiar o torque ou a rotação. Se o motor tem curso longo, isso privilegia o torque, mas limita a rpm máxima. O mesmo acontece com os coletores de admissão: Quando são longos, o motor obtém torque e se são curtos, ele gira mais. Tamanho de válvulas, dos carburadores ou corpo de borboletas, perfil dos comandos. É sempre o mesmo problema: Rotação x Torque. Mas você pode estar se perguntando: “Ninguém vai falar na potência?” Bom, potência é o produto da multiplicação do torque x rotação. Assim sendo, se queremos alta potência, precisamos encontrar o ponto de equilíbrio ideal entre torque e giro. O que em pequenos motores de quatro cilindros significa que temos de girar alto.
E o motor AP, é “girador” ou “torcudo”? Bom, depende. Os AP 1.6, possuem curso de 77,4 mm e pistões de 81 mm (1.595 cm³), sendo assim, são considerados superquadrados, (diâmetro dos pistões é maior do que o curso do virabrequim) e isso privilegia a rotação em detrimento do torque. Já os AP 2.0 possuem virabrequim com curso de 92,8 mm e pistões de 82,5 mm (1984 cm³) e são considerados subquadrados (diâmetro menor do que o curso). Essa característica dá mais ênfase ao torque do que ao giro. Os pequenos são bons, pois podem girar alto, mas sua cilindrada é pequena e em função disso ele admite 20% menos mistura que um 2.0, o que o deixa em desvantagem. Já o dois litros, com “torque de Diesel”, empurra muito, mas assim também como um Diesel, não gira “liso” e como a potência depende da rotação, ele também fica em desvantagem.
Isso explica porque o 1.8 é tão popular. Com curso de 86,4 mm e pistões de 81 mm de diâmetro (1.780 cm³), ele também é considerado subquadrado, mas não é pequeno como o 1.6 e nem vibra como o 2.0. Além disso, pode-se usar pistões do dois litros, de 82,5 mm a 83,5mm (sobremedida de retífica), aumentando sua cilindrada, que fica próxima de 1.900cc, ou seja, os famosos “AP 1.9”. Assim diminui-se a diferença de cilindrada entre os 1.8 e os dois litros, mas sem aumentar curso de virabrequim, o que permite mais giro. Lembrando sempre que todos os AP modernos nacionais com fluxo lateral possuem bielas de mesmo comprimento, ou seja, 144 mm entre os centros dos furos. À exceção dos 2.0 dos 2.0 de fluxo cruzado do Golf / Polo nacionais e do Gol GTI 16V e que tem blocos mais altos e bielas mais longas (159mm), o que privilegia a rotação e suavidade de funcionamento.
Rua e pista
já os motores especificamente preparados para arrancada são um outro assunto. Apesar de serem baseados na mesma plataforma, eles tem características únicas, que não tem paralelo em motores de nenhum outro tipo de competição. Componentes internos originais não tem lugar nesses motores, afinal, eles trabalham no limite da quebra, sempre forçados a engolirem enormes quantidades de ar, o que leva a eficiência volumétrica à patamares com os quais carros de rua podem apenas sonhar.
Pistões e bielas forjados, cabeçotes totalmente retrabalhados com válvulas e molas especiais, comandos especialmente calculados e principalmente enormes turbocompressores empurrando uma quantidade incrível de ar para dentro dos cilindros, fazem com que esses motores atinjam potências específicas monstruosas e torque brutal, tornando-os capazes de comer um par de juntas homocinéticas ou uma caixa de câmbio no café da manhã. É um mundo extremo até para os melhores componentes importados.
Mas a contrapartida é a falta de confiabilidade e durabilidade inerente à qualquer maquina que trabalha muito próxima ao seu limite. Uma vez que os carros precisam percorrer apenas 400 metros de cada vez, os padrões são muito diferentes dos de um motor de endurance, por exemplo, que precisa correr não 12 segundos ininterruptos, mas sim 12 horas! É natural então, que os motores de arrancada sejam sempre os mais potentes entre seus irmãos preparados para outros tipos de corrida. E também é compreensível, que a durabilidade e confiabilidade deles esteja em um nível muito menor. Assim sendo, esqueça o custo, e pense apenas no benefício, pois um motor desses e a manutenção que ele requer, estão muito longe de serem baratos.Feliz coincidência
A idéia básica por trás do projeto do Gol com motor “à ar” era a criação de um carro leve, pequeno, econômico e muito bem equilibrado. Mas após receber o AP, o carro teve sua estabilidade prejudicada para uso normal. A troca de um motor com cilindros opostos, arrefecido à ar e confeccionado em liga leve por outro maior e mais pesado, fabricado em ferro fundido, com refrigeração líquida e configuração 4 cilindros em linha, tornou o centro de gravidade mais alto e deixou o carro com o “nariz” muito pesado, piorando a distribuição de peso, que a VW só foi acertar nos modelos 1987. Entretanto, essas caraterísticas curiosamente combinam muito bem com a modalidade de competição automobilística que mais cresce no país.
Nesse tipo de competição, onde os motores facilmente aplicam mais de 400 cv nas rodas dianteiras, tração é fundamental. E a distribuição de peso tem papel fundamental na construção de um carro capaz de tracionar bem. Basicamente, o peso do carro precisa concentrar-se sobre o eixo motriz, o que torna as coisas um pouco complicadas em um tração dianteira: Ao sair com extrema violência da imobilidade, o carro tem a tendência de levantar a frente, alterando a geometria da suspensão e a área de contato dos pneus com o solo e principalmente transferindo peso para a traseira, o que causa uma boa derretida dos pneus e a conseqüente perda de valiosos décimos de segundo. Assim, “equilíbrio” em um carro desse tipo precisa ser pensado dinamicamente, ou seja, com o carro acelerando forte. E quanto mais forte o carro, o ideal é que o peso esteja concentrado mais à frente no chassi.
Não estou sugerindo que a Volks já naquela época estivesse prevendo o sucesso da arrancada no Brasil, mas é interessante observar como as coisas se desenrolam. Coincidência ou não, o fato é que de um jeito ou de outro Gol e AP constituem uma dupla que realmente tem “vocação” para a arrancada. Até os regulamentos das categorias foram escritos tomando por base esses motores, tamanha é sua superioridade em número. E mesmo que estejamos dois segundos acima do recorde mundial, mesmo que existam motores mais modernos, leves e eficientes, enquanto eles não forem capazes de “dar as caras” nas corridas de forma consistente tornando-se disponíveis à preços que as pessoas possam pagar, ou pelo menos até a arrancada no Brasil tornar-se grande o suficiente para atrair as montadoras e patrocinadores milionários como lá fora, parece que o AP continuará “dando as cartas”.
Ou, pelo menos, enquanto existir Gol, existirá AP. E existirá também algum maluco na casa dos 20 e poucos anos, espirrando contente pelas ruas e estradas do Brasil.